quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Iniciativa da Prefeitura do Rio capacita jovens com foco na preservação ambiental

Através da reciclagem, projeto da Imprensa da Cidade traz novas perspectivas a adolescentes em situação de risco social.
Capacitar jovens em situação de risco social e contribuir para a preservação dos recursos naturais. Esses são os principais objetivos do projeto de reciclagem Papel Carioca, desenvolvido pela Imprensa da Cidade – Empresa Municipal de Artes Gráficas, órgão vinculado à Secretaria de Governo da Prefeitura do Rio. Com lançamento marcado para o dia 12 de dezembro, o projeto socioambiental vai oferecer treinamento a adolescentes com idades entre 15 e 18 anos - selecionados através de convênio com a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) – e será realizado em duas etapas, que incluem reciclagem de papel e a produção de papelão.
A primeira fase, que terá início no próximo dia 26, prevê o treinamento de 20 jovens no processo de produção de papel, impressão serigráfica com corante vegetal e cartonagem. “A sede da Imprensa da Cidade está em obras para receber a oficina, que terá capacidade para produzir mais de 500 folhas por dia, utilizando aparas de papel oriundas dos serviços gráficos executados pela própria empresa”, informa a diretora de Administração e Finanças da Imprensa da Cidade, Rosemary Carvalho.
Tendo como matéria-prima edições antigas do Diário Oficial do Município, a segunda etapa do projeto vai produzir papelão com água reutilizada. A publicação, impressa pela empresa, tem tiragem de 1.300 exemplares diários, que são distribuídos nos órgãos da Prefeitura do Rio, colocados à venda em bancas de jornal e entregues a assinantes. “Serão mais 20 jovens capacitados e vamos captar mensalmente cerca de 106 mil litros de água pluvial para reutilização na produção de papelão”, anuncia a diretora.
“No Brasil, somente 30% do papel consumido é reciclado. Dependendo do papel, para cada tonelada de aparas, conservamos de 15 a 20 árvores. Da mesma forma, economizamos água, já que, enquanto são gastos 100 mil litros de água limpa para cada tonelada de papel produzido no processo tradicional, na reciclagem são gastos apenas 2 mil litros de água reutilizada”, compara Rosemary.
Segundo a diretora da Imprensa da Cidade, além da questão ambiental, o projeto vai oferecer aos jovens um diferencial para o mercado de trabalho. “Ao término de todas as etapas de aprendizagem, esses adolescentes receberão um certificado e serão incluídos em um banco de dados de profissionais credenciados”, ressalta.
Localizada na Avenida Pedro II, 400, em São Cristóvão, e atualmente com 105 funcionários, a Imprensa da Cidade, através de parceria no Projeto Jovem Aprendiz com a SMAS, dá oportunidade a 33 jovens em situação de vulnerabilidade social. Luciana Ramalho, de 27 anos, entrou no projeto aos 17 anos, tornou-se funcionária em 1999 e hoje é assistente de Recursos Humanos da empresa. “Aprendi princípios relacionados à responsabilidade e ao trabalho em equipe. Fico motivada ao ver minha história se repetir com esses jovens que estão entrando agora”, comemora Luciana.

Moda - Parte 1

Lançamento Malha Pet 100% Reciclada

Malha Pet 100% reciclada Tecido é a nova opção para reciclar garrafas PET.
Pensando nesta idéia, temos o prazer de apresentar a mais nova opção no mercado têxtil ( Malhas PET ) Camisetas e camisetas pólo, criados do reaproveitamento das fibras de poliéster das garrafas PET e dos retalhos de algodão. A Produção do tecido ocorre a partir da fiação das tiras cortadas da garrafa PET e da fiação das tiras de algodão Apesar de seu caráter surpreendente, a roupa nada perde em termos de conforto caimento, beleza e durabilidade, além de ajudar na preservação do meio ambiente. É um tecido Ecologicamente correto, é gratificante, inclusive para os trabalhadores que serão uniformizados com este tipo de material, porquê estarão contribuindo para um meio ambiente menos degradado.
Além da geração de emprego e renda, a reciclagem de PET tem diversos benefícios, entre eles, a redução do volume de lixo nos aterros sanitários e uma melhora no processo de decomposição da matéria orgânica.
Este tecido já está a disposição na Stamptec Promocional!
Osklen e Track & Field

A primeira utilização do PET (Polietileno Tereftalate) é destinada principalmente para a fabricação de embalagens para refrigerantes, sucos de fruta, água mineral, óleo de cozinha e produtos de limpeza. Mas depois que utilizamos seu conteúdo e jogamos estas embalagens no lixo, muitas coisas ainda podem ser feitas com elas. Cordas, cerdas de vassouras e escovas, carpetes, enchimento de travesseiros, pelúcia, cortinas, lonas, rolos de pintura e adesivos são apenas alguns dos exemplos.
“De 35 a 40% da resina reciclada são utilizados na fabricação de tecido”, calcula André Vilhena, diretor-executivo do Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem, uma associação que promove a reciclagem no Brasil e busca promover a conscientização sobre a importância deste ato.

“O público tem mesmo tendência a achar que os produtos feitos a partir de material reciclado são de baixa qualidade. Ao contrário, o tecido de PET reciclada, por exemplo, é de alta qualidade”, complementa André Vilhena, lembrando que, proporcionalmente ao maior espaço que estes produtos vêem encontrando no mercado, há também um avanço tecnológico.
A fabricação destes artigos, além de empregos diretos, gera renda para os catadores, sucateiros e outros trabalhadores que atuam na reciclagem. Com o desenvolvimento deste mercado, em todo o Brasil têm sido criadas muitas cooperativas e associações de catadores de embalagens descartadas. O material recolhido é selecionado e vendido para as indústrias de reciclagem.
“As cooperativas de catadores vivem basicamente de papelão, alumínio e PET. Falta a sociedade se sensibilizar e encaminhar este material para as cooperativas. E o poder público deve contribuir também, porque em todos os lugares há esforços por parte dos catadores”, defende Vilhena.
Além da geração de emprego e renda, a reciclagem do PET tem diversos outros benefícios – entre eles, a redução do volume de lixo nos aterros sanitários e uma melhora no processo de decomposição da matéria orgânica: o plástico é impermeabilizante e sua presença nos aterros prejudica a circulação de gases e líquidos. E ainda tem a vantagem de requerer, em média, apenas 30% da energia necessária para a transformação da matéria-prima. Por este e outros fatores, o produto feito a partir do PET reciclado é cerca de um terço mais barato que o fabricado com matéria-prima virgem.
O Carência Zero é promovido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) e visa incentivar a inclusão social por meio do Primeiro Emprego na Cadeia Têxtil e de Confecção e pela organização de cooperativas de coleta e reciclagem. Para arrecadar fundos são vendidas camisetas feitas com fibras de garrafas PET reciclada.
Confecção do fio em três temposA reciclagem de garrafas PET e a sua transformação em tecido têm três fases. A primeira é quando as garrafas e outras embalagens usadas são recolhidas pelos catadores, lavadas e separadas por cores. Nesta fase, são retirados a tampa e o rótulo e a embalagem passa por um processo de secagem. Então o PET é moído, reduzido a pedaços pequenos.
Na segunda fase, é feita a fusão a uma temperatura de 300 graus, a filtragem e a retirada de impurezas. Na fábrica onde é feita a fibra, repete-se o processo de fusão a 300 graus e o material é passado por equipamentos que o separam em filamentos. O resultado é uma fibra cerca de 20% mais fina que o algodão.
A terceira e última fase é a da estiragem, quando a fibra é transformada em fio. As fibras feitas a partir da garrafa PET reciclada podem ser usadas sozinhas ou associadas a outro tecido, como a seda ou o algodão. Peres, da Krimpp, observa que, normalmente, para peças do vestuário, o poliéster é mesclado com algodão. Mas isso acontece tanto com o poliéster feito a partir de matéria-prima reciclada, como o feito a partir de matéria-prima virgem. Isso porque o tecido 100% poliéster pode dificultar a transpiração.
Um pouco de históriaA resina PET foi desenvolvida pelos químicos ingleses Whinfield e Dickson, em 1941, para ser usada na fabricação de fibras sintéticas. Somente na década de 1970 ela foi empregada como matéria-prima de garrafas, hoje a sua principal utilização.
Algumas décadas depois, a preocupação com o meio ambiente inspirou pesquisas que concluíram que a resina pode ser completamente reciclada, e até mais de uma vez, sem prejudicar a qualidade do produto final. Atualmente, 1,5 litro de embalagem PET pode ser feito com apenas 35 gramas de material virgem.
Quando o mercado de fibras descobriu a verdadeira fonte de matéria-prima contida no PET, a resina reciclada passou a ser empregada na indústria têxtil. No Brasil, as embalagens PET começaram a ser usadas em 1988, o que trouxe vantagens para o consumidor, mas também a necessidade de se aprender sobre a reciclagem deste material.
Nosso conhecimento vem se desenvolvendo e a reciclagem, ganhando espaço. De acordo com dados do Cempre, em 2003 quase a metade das embalagens utilizadas no país já era reciclada. Foram consumidas 300 mil toneladas de PET e 120 mil, ou seja, 40% do total, eram recicladas.
Vilhena informa que, no Brasil, a reciclagem do PET teve um grande crescimento nos últimos cinco anos. O valor da tonelada de resina para reciclagem, por exemplo, subiu de R$ 400 para R$ 1.200 desde 2001.
As informações são do site da Fundação Banco do Brasil.

No Brasil são consumidas e descartadas por ano seis bilhões de garrafas plásticas do tipo PET, material que leva 300 anos para se decompor. O destino desta montanha de garrafas são os rios, oceanos e aterros sanitários, ocupando espaços e interferindo nos ecossistemas. Para dar um melhor destino a estes resíduos, há mais de uma década fábricas responsáveis transformam garrafas PET em fibras de poliéster. As fibras de poliéster compostas com lã são empregadas na fabricação de tecidos utilizados para fins como abrigos, cobertores e vestuário. Esta matéria-prima também foi adotada na produção de malhas, tecidos planos, e não tecidos utilizados na indústria da moda.
O impacto ambiental da reciclagem é significativamente menor do que fazer a mesma fibra de materiais virgens. A economia de energia na produção reciclada é de 76% e a redução de emissões de CO2 é de 71%, contribuindo assim na redução do impacto para o aquecimento global. Além disso, o uso de matéria-prima pós-consumo na fabricação de tecidos, diminui a quantidade de embalagens despejadas no meio-ambiente e confere utilidade a um material de difícil degradação em aterros sanitários.
Outro importante fator desta cadeia é o seu comprometimento com a inclusão social, já que a captação de materiais recicláveis – embalagens PET entre eles – é fonte de renda de cerca de 250 mil famílias em todo Brasil
Com relação a sua aplicação na indústria da moda, o poliéster feito a partir de PET reciclado, mantém as mesmas características do convencional em termos de resistência, durabilidade, estabilidade dimensional, solidez da cor etc. e, quando misturado com outras fibras como algodão ou lã, resulta em tecidos e malhas de ótimo caimento e toque agradável.

Lixo Hospitalar - Parte 3

5. PROCEDIMENTOS DE DESCARTE

Os hospitais são obrigados a providenciar o tratamento e transporte adequado dos resíduos contaminados neles gerados, exceto os radioativos.
O lixo hospitalar deve ser recolhido por empresas especializadas e seu destino é o incinerador onde é queimado e transformado em cinzas. O problema é que a incineração libera gases tóxicos, uma vez que esse lixo pode conter diversos tipos de resinas e outros materiais cuja queima além de liberar CO2, também podem liberar outros gases.
O ideal seria fazer como em alguns países nos qual o lixo é levado para a autoclave, na qual é submetido à alta pressão e temperatura, assim todos os microorganismos são mortos, e o lixo pode ir para aterros especiais.
Os resíduos radioativos devem ser devolvidos aos fabricantes. Os materiais farmacêuticos devem ser recolocados nos recipientes originais e devolvidos aos fabricantes.
Já o lixo reciclável não pode ter o mesmo destino dos infectantes. Para esse existem três processos: reciclagem, compostagem e os aterros.
Caso as normas não forem seguidas as conseqüências são muito graves, pois se esse lixo hospitalar contaminado for parar em aterros sem o devido tratamento, podem ser contaminados o solo e os lençóis d’água tendo como conseqüência a contaminação das pessoas que freqüentam os aterros a procura de alimento ou algo útil.
As moscas e outros animais também podem ser contaminados e logo depois passariam essas infecções ao entrarem em contato com pessoas e com nossa comida.
A prefeitura pode aplicar multas se os procedimentos não forem corretamente seguidos.







6. LEGISLAÇÃO SOBRE RESÍDUOS

Resolução 05 de 05/08/1993
Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.
Art. 8º O transporte dos resíduos sólidos, objeto desta Resolução, será feito em veículos apropriados, compatíveis com as características dos resíduos, atendendo às condicionantes de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
Art. 9º A implantação de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos sólidos fica condicionada ao licenciamento, pelo órgão ambiental competente em conformidade com as normas em vigor.
Art. 10. Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo "A" não poderão ser dispostos no meio ambiente sem tratamento prévio que assegure:

a) a eliminação das características de periculosidade do resíduo;
b) a preservação dos recursos naturais; e,
c) o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública.
Parágrafo único. Aterros sanitários implantados e operados conforme normas técnicas vigentes deverão ter previstos em seus licenciamentos ambientais sistemas específicos que possibilitem a disposição de resíduos sólidos pertencentes ao grupo "A".
Art. 11. Dentre as alternativas passíveis de serem utilizadas no tratamento dos resíduos sólidos, pertencentes ao grupo "A", ressalvadas as condições particulares de emprego e operação de cada tecnologia, bem como se considerando o atual estágio de desenvolvimento tecnológico, recomenda-se a esterilização a vapor ou a incineração.








7. CONCLUSÃO

Os constantes problemas em relação ao lixo, o desconhecimento, o medo poderiam ser exterminados se algumas medidas fossem postas em práticas, como: elevar a qualidade da atenção dispensada ao assunto "resíduos sólidos dos serviços de saúde"; permitir o conhecimento das fontes geradoras dos resíduos.
A atividade hospitalar gera uma grande variedade de tipos de resíduos distribuídos em dezenas de setores com atividades diversas; estimular a decisão por métodos de coleta, embalagem, transporte e destino adequados; se fossem reduzidos, ou se possível, eliminados os riscos à saúde dos funcionários, clientes e comunidades; eliminação do manuseio para fins de seleção dos resíduos, fora da fonte geradora; se fosse permitido o reprocessamento de resíduos cujas matérias primas possam ser reutilizadas sem riscos à saúde de pacientes e funcionários; redução do volume de resíduos para incineração e coleta especial; colaboração para a redução da poluição ambiental, gerando, incinerando e encaminhando aos órgãos públicos a menor quantidade possível de resíduos.
A responsabilidade não é só do governo! Ele é que deve viabilizar os recursos de coleta, definindo diretrizes e reduzindo os riscos, que sejam claros e economicamente viáveis. Os hospitais por sua vez também são responsáveis e devem cumprir seus deveres e respeitar as normas de descarte do lixo. O mais importante mesmo é que todo cidadão tem a obrigação de preservar a natureza e meio ambiente!

Lixo Hospitalar - Parte 2

4.1.2 INCINERAÇÃO

O lixo hospitalar como visto anteriormente é classificado em quatro tipos, A, B, C e D. Destes, aqueles pertencentes ao grupo A são destinados aos aterros e a incineração.
A incineração é um processo termoquímico que visa à diminuição do volume do lixo e também a diminuição da toxidade para os seres vivos assim como o meio ambiente. Então se define incineração como: “Decomposição térmica via oxidação, com o objetivo de tornar um resíduo menos volumoso, menos tóxico ou atóxico, ou eliminá-lo. Aplica-se, principalmente, para os resíduos de maior grau de periculosidade ou onde há a necessidade de muita confiabilidade em todo o processo, tanto nas etapas de combustão, como nas etapas de tratamento dos gases gerados na queima” (DEMPSEY & OPPELET).
Existem alguns tipos de incineradores que variam de acordo com o material a ser incinerado como, por exemplo: Injeção líquida, câmara fixa, leito fluidizado e forno rotativo. O forno rotativo por possuir uma maior variedade de materiais que podem ser incinerados, é o mais encontrado nas empresas que prestam este tipo de serviço.
Este tipo de incinerador é capaz de incinerar diferentes tipos de materiais como: Granulares homogêneos e irregulares brutos (pellets, etc.), baixo ponto de fusão (alcatrões, etc.), compostos orgânicos com constituintes de cinza fundíveis, material não preparado volumoso, material a granel, vapores orgânicos, resíduos aquosos com alta carga de líquidos orgânicos, resíduo contendo compostos aromáticos halogenados, e lodo aquoso orgânico (DEMPSEY & OPPELET).
Os resíduos sólidos a serem incinerados são acondicionados em bombonas de polietileno ou cartolas de papelão e introduzidos no forno rotativo através de elevador e pistões. Os resíduos líquidos a serem incinerados são estocados em um tanque fixo ou em containeres móveis e são transferidos para os queimadores através de pressão de nitrogênio, sendo atomizados com ar.
O incinerador de resíduos possui um sistema de combustão composto de um forno rotativo, uma câmara de pós-combustão e três queimadores. O forno rotativo trabalha a uma temperatura de 800 à 1000 ºC que é mantida através de uma alimentação de resíduos líquidos e sólidos e utilizando-se gás natural como combustível auxiliar.
Após o forno rotativo, as escórias são retiradas pelo fundo da câmara de pós-combustão e enviadas ao aterro industrial. Os gases são incinerados a uma temperatura de 1050 a 12500 ºC na câmara de pós-combustão. Na câmara existem dois queimadores para resíduos líquidos e gás natural, que são responsáveis pela manutenção da temperatura na faixa desejada.
A corrente gasosa de saída da câmara de pós-combustão passa pelo sistema de resfriamento de lavagem dos gases, que é composto por um pré-resfriador (onde os gases são resfriados a 420 ºC), ciclones, um pós-resfriador (nos quais os gases são resfriados a 75 ºC), um lavador de discos rotativos e um separador de gotículas, sendo lançado na atmosfera, a 40 ºC, através de uma chaminé. O tratamento dos gases do incinerador rotativo gera cinzas que são dispostas no aterro industrial, e efluentes líquidos que são tratados na estação de tratamento.
As vantagens da incineração são: redução do volume do lixo (cerca de 95% do volume original), diminuição do peso (as cinzas apresentam 10% do peso original), possibilita a incineração de resíduos organoclorados e organofosforados, possui um efetivo controle dos gases emitidos e as cinzas são de fácil manuseio e transporte.
As desvantagens desse processo é praticamente o elevado preço do serviço. Segundo o Prof. Sandro D. Mancini, a incineração custa em torno de R$ 950,00 por tonelada e o acondicionamento em aterro é de R$ 5,00 por tonelada. Em virtude deste fato, muitos hospitais fazem coleta seletiva e triagem dos materiais a serem incinerados para evitar desperdício de dinheiro.

4.1.3 ATERRO

Os aterros são áreas especiais em que o lixo é estocado, sendo esta área devidamente preparada e licenciada pelo órgão ambiental local. Esta área deve possuir determinadas características como: Baixo potencial de contaminação do aqüífero, baixo índice de precipitação pluviométrica, alto índice de evapotranspiraçäo, camada insaturada de pelo menos 1,5m entre o fundo do aterro e o nível mais alto do lençol freático, área não sujeita a inundação, pouca declividade e ausência de depressões naturais, distância mínima de 300 m de qualquer corpo d'água, distância mínima de 1000 m das áreas urbanas próximas, distância mínima de 50 m das rodovias e ferrovias e período mínimo de utilização da área de 20 anos (FONTORA, 2004 UERJ).
O aterro deve conter camadas de diferentes tipos de materiais a fim de proteger o solo e os aqüíferos subterrâneos de contaminação pelo material oriundo da camada superior (o lixo propriamente dito) que é transportado pela chuva.
Essas camadas de baixo pra cima são: o solo nativo que apresenta nenhuma modificação, uma camada de argila compactada (ou qualquer outro material de baixa permeabilidade), membrana de gel inferior que é formada por PVC ou polietileno, sistema secundário de remoção do percolado (contém tubo para a drenagem), membrana de gel superior que é formada por PVC ou polietileno, sistema primário de remoção do percolado (contém tubo para a drenagem), camada de filtros médios, lonas de PVC sob toda a periferia da área do aterro (Opcional) e camada de lixo.
À medida que a camada de lixo vai aumentando, o volume de gases gerados (principalmente o metano) aumenta também. Assim para evitar o acúmulo de metano nas camadas mais baixas do lixo é necessário colocar tubos de concreto perfurados de diâmetro de 1m ou maior para fazer a retirada o metano acumulado. Esses tubos são espalhados por diversos pontos do aterro e são envoltos por pedregulhos para evitar seu tombamento.
O material provido do processo de lixiviação que é chamado de percolado é direcionado à lagoa ou piscina de equalização no qual permanece por um tempo até que seja transportado para a estação de tratamento.
Na estação de tratamento esse material percolado é tratado em quatro etapas de tratamento que são o tratamento primário, secundário, terciário e do lodo.
O tratamento primário consiste em duas etapas que são: tanque de homogeneização e calhas eletrolíticas. O tanque de homogeneização do percolado destina-se a armazenar temporariamente as lamas espessadas e a promover a sua mistura antes da desidratação. Trata-se de um órgão de secção circular, de corpo cilíndrico e no fundo possui um agitador de velocidade lenta. As calhas eletrolíticas têm como objetivo a estabilização química do percolado que tem como principal finalidade a redução ou eliminação da sua capacidade de fermentação é feita nesta instalação com cal viva em pó (A cal viva é armazenada num silo metálico de 30 m3 de capacidade).
O tratamento secundário possui três etapas básicas que são: decantador primário, tanque de aeração e decantador secundário. O decantador primário tem como objetivo remover por decantação (gravidade) as partículas suspensas mais densas do percolado que são removidas do tanque e levadas para o sistema de tratamento do lodo. O tanque de aeração promove a insuflação de ar fornecido por compressores e distribuído em profundidade através de difusores, sendo dividido interiormente em 5 câmaras interligadas na forma de chicana vertical. O ar insuflado destina-se não só a manter perfeita mistura de água residual e lamas ativadas, mas também a fornecer o oxigênio necessário para a biomassa oxidar a matéria orgânica.
O decantador secundário visa à separação do percolado biológico (resíduo do tratamento do tanque de aeração) do efluente tratado que são definitivamente separados nas lagoas de polimento (tratamento terciário).
O tratamento terciário consiste de quatro etapas: lagoas de polimento, filtro de areia, pré-filtro (nano), unidades de nanofiltração. As lagoas de polimento têm como principal objetivo a remoção de organismos patogênicos. Com a profundidade reduzida à penetração de a luz solar na massa líquida é facilitado e a atividade fotossintética acentuada. Bactérias e vírus são inativados pela irradiação solar – Raio UV – sendo letal, há uma elevada concentração de oxigênio dissolvido e elevação do pH. O filtro de areia objetiva reter as partículas em suspensão de grande diâmetro que assim como o pré-filtro (nano) visam preparar o percolado a passar pelas membranas de nanofiltração.
As unidades de nanofiltração são compostas por membranas de polímeros que filtram o percolado retendo macromoléculas, material particulado e moléculas de peso molecular médio (diâmetro >10-8mm) passando somente sais, água e moléculas com baixo peso molecular. Essa última etapa é monitorada por um aquário onde são feitas as análises da água com relação a sua qualidade. Após esta etapa esse material é despejado no mar sem provocar nenhum tipo de dano ambiental.
O tratamento do lodo ocorre em paralelo ao tratamento do percolado, pois todo o tratamento primário e secundário gera resíduos relativamente grandes que são transportados para o tratamento do lodo no qual sua disposição final é o aterro.
Este tratamento consiste em duas etapas distintas que são: adensador de lodo e prensa desaguadora. O adensador de lodo tem como finalidade principal acondicionar o lodo a uma melhor consistência para ser enviado para as unidades de desidratação de lodo. A prensa desaguadora, neste processo, após o condicionamento do lodo por polímero, ocorre um “pré-desague” por gravidade, e após a prensagem do lodo entre as telas com estágios crescentes de pressão e cisalhamento do lodo. O lodo já prensado é expelido por um sistema de raspadores. A água extraída do lodo é recolhida retornando a lagoa ou piscina de equalização.

4.2 Grupo B.

Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo "B" deverão ser submetidos a tratamento e disposição final específicos, de acordo com as características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade e reatividade, segundo exigências do órgão ambiental competente. Sendo material farmacêutico devolvido aos fabricantes conforme acordo na compra do próprio material.

4.3 Grupo C.

Obedecerão às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.
Rejeitos sólidos: a compactação e a incineração

Rejeitos líquidos: Tratamento específico → Concentração do rejeito e imobilização.
O cimento, o betume e os polímeros são empregados para a imobilização de rejeitos de atividade baixa ou média. O vidro e as cerâmicas, que possuem excelentes propriedades de imobilização, são restritos aos rejeitos de atividade alta devido à complexidade e ao custo elevado do processo de imobilização.

4.4 Grupo D
Vidros, plásticos, papel, papelão, metais e outros materiais recicláveis recebem embalagens próprias conforme o tipo de material que será coletado pelo órgão municipal de limpeza urbana e receberão tratamento e disposição final semelhante aos determinados para os resíduos domiciliares, desde que resguardadas as condições de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
O destino seria reciclagem interna ou venda como sucatas diversas. É importante ressaltar que devemos fazer a separação e embalagem no local de origem e não deve ser admitida a sua separação posteriormente.

Lixo Hospitalar - Parte 1

1.INTRODUÇÃO

Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comumente denominado "LIXO HOSPITALAR", sempre se constituiu um problema bastante sério para os Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e aos aterros sanitários.
A atividade hospitalar é por si só uma fantástica geradora de resíduos, inerente a diversidade de atividades que se desenvolvem dentro destas empresas. O grande volume de compras de materiais e insumos para fazer funcionar esse complexo que é o hospital só vem a confirmar essa alta geração de volume de lixo hospitalar.
O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto fazem com que, em muitos casos, os resíduos sejam ignorados ou recebam um tratamento com excesso de zelo, onerando ainda mais os já combalidos recursos das instituições hospitalares.
A incineração total do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso de cuidados, sendo ainda neste caso, uma atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais pesados.
Em sua grande maioria, os hospitais pouco ou quase nenhuma providência tomam com relação as toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas atividades desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos se limitam a encaminhar a totalidade de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza Municipais, quando estes existem, lançam diretamente em lixões ou simplesmente "incineram" a totalidade dos resíduo.
É importante também destacar, os muitos casos de acidentes com funcionários envolvendo perfurações com agulhas, lâminas de bisturi e outros materiais denominados perfuro-cortantes.
O desconhecimento faz com que este fantasma, chamado "LIXO HOSPITALAR", cresça e amedronte os colaboradores e clientes das instituições de saúde.
O lixo hospitalar é o que resulta da manipulação em hospitais e clínicas, e formada em sua maioria por seringas, agulhas, luvas, sondas, cateteres, restos de alimentos de enfermos, restos de limpeza de salas de cirurgia e curativos, gazes, ataduras, peças anatômicas, substâncias químicas em geral e demais materiais descartáveis.
Esse lixo que pode estar contaminado com microorganismos causadores de doenças, representa um grande perigo à saúde das pessoas e ao nosso meio ambiente também.

2.OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem por objetivo, orientar aos profissionais e unidades de saúde, quanto a importância da separação e destino correto do lixo hospitalar, visando a educação ambiental e contribuindo assim para a prevenção de acidentes, e maiores danos para o meio ambiente e a população e, também a criação de um e-mail e telefone para um disque denúncia para o lixo hospitalar incorreto.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

· Orientar quanto a classificação dos grupos de resíduos.
· Orientar o acondicionamento e destino dos grupos de resíduos.

3.CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

3.1 GRUPO A - INFECTANTES

Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido a presença de agentes biológicos (INFECTANTES).
Enquadram-se neste grupo, dentre outros: sangue e hemoderivados; animais usados em experimentação, bem como os materiais que tenham entrado em contato com os mesmos; excreções, secreções e líquidos orgânicos; meios de cultura; tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas; filtros de gases aspirados de área contaminada; resíduos advindos de área de isolamento; restos alimentares de unidade de isolamento; resíduos de laboratórios de análises clínicas; resíduos de unidades de atendimento ambulatorial; resíduos de sanitários de unidade de internação e de enfermaria e animais mortos a bordo dos meios de transporte, objeto desta Resolução. Neste grupo incluem-se, dentre outros, os objetos perfurantes ou cortantes, capazes de causar punctura ou corte, tais como lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros quebrados, etc, provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

3.2 GRUPO B - QUÍMICOS
Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas.

Enquadram-se neste grupo, dentre outros:
a) drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados;
b) resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não-utilizados); e,
c) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

3.3 GRUPO C - RADIOATIVOS

Rejeitos radioativos: enquadram-se neste grupo os materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução CNEN 6.05.

3.4 GRUPO D - ADMINISTRATIVOS
Materiais provenientes das áreas administrativas, resíduos alimentares da produção de alimentos, áreas externas e jardins, sucatas e embalagens reaproveitáveis.







4. ACONDIONAMENTO E DESTINO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES

4.1 GRUPO A.

Material perfuro-cortante em caixas de papelão reaproveitadas e adaptadas para esta finalidade, demais resíduos em sacos plásticos brancos identificados com a simbologia de material infectante.
O destino seria esterilização à vapor (através desse sistema o lixo pode ser desprezado após no lixo comum), ou a incineração e/ou aterro sanitário através de sistema de coleta especial.


4.1.1 ESTERELIZAÇÃO

Esterilização é o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos presentes: vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos, para um aceitável nível de segurança. O processo de esterilização pode ser físico, químico, físico-químico.
· Métodos físicos: vapor saturado e calor seco (10 a 30 min);
· Métodos químicos: glutaraldeído e formaldeído (baixa temperatura, rápido);
· Métodos físico-químicos: Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO), Plasma de Peróxido de Hidrogênio, Vapor de Formaldeído (baixa temperatura, rápido).

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Ecoturismo - Turismo sustentável no Brasil - Helenio Waddington

A experiência da Associação de Hotéis Roteiros de Charme Colocar o turismo no caminho sustentável é um desafio de vulto que requer o comprometimento e parcerias entre a indústria, governos e a sociedade civil. Como uma das mais promissoras fontes econômicas do Planeta, o turismo tem um tremendo potencial para o desenvolvimento sócio-econômico e cultural de um país, se for conduzido com um planejamento adequado às características biológicas, físicas, econômicas e sociais das localidades em que opera.
No Brasil, como no mundo, o setor de hospedagem é constituído majoritariamente de pequenas e médias empresas, principalmente quando se fala de turismo sustentável ou aquele mais associado aos destinos ecológicos. Por sua rica diversidade de fauna, flora, ecossistemas e variedade socioeconômica, o debate sobre o desenvolvimento do turismo no Brasil (incluindo o ecoturismo) vem buscando caminhos para maior conscientização e compromisso de parte do setor privado com posturas responsáveis, capazes de contribuir à sustentabilidade ambiental, econômica e social do setor.
Se os códigos voluntários de conduta ambiental vêm sendo reconhecidos internacionalmente como elementos importantes no conjunto de medidas adequadas para alcançar o desenvolvimento sustentável do turismo, por entidades como a Organização Mundial do Turismo (OMT) e o PNUMA, no Brasil as referências neste tema ainda são incipientes.
A experiência pioneira da Associação de Hotéis Roteiros de Charme demonstra que a sustentabilidade abraçada pelos novos conceitos é hoje uma realidade no País. É possível praticar uma hotelaria ambientalmente adequada, economicamente viável e socialmente justa. No entanto, o processo de desenvolvimento e implantação do turismo sustentável no Brasil precisa lidar ainda com realidades e desafios, tais como: alto grau de informalidade da atividade turística; falta de conhecimento e educação dos princípios ambientais; e, estabelecimento de normas e critérios factíveis e legítimos.
Buscando garantir este equilíbrio ecológico-social tem-se discutido recentemente em vários fóruns a certificação do turismo no Brasil. Processos de certificação geralmente emitem um selo para empreendimentos e serviços que declaram e atestam possuir determinada qualidade. No caso do turismo, trata-se da adoção voluntária de normas operacionais que visem aprimorar o desempenho sócio-ambiental do empreendimento e seu entorno.
A certificação vem de encontro a uma tendência internacional de estabelecer produtos realmente sustentáveis e de atender ao consumidor mais consciente, também refletindo novas formas e modalidades operacionais, compatíveis com princípios de conscientização empresarial, que vêm se expandindo consideravelmente no Brasil. A conservação do meio ambiente não só tem importância ecológica, mas vem trazendo em muitos casos, incluindo a hotelaria e ecoturismo, benefícios financeiros e sociais, tornando-se ainda mais importante sob o ponto de vista empresarial.
O processo para estabelecimento de um sistema de certificação confiável, necessita de normas e critérios adequados ao contexto em que serão aplicados, gerados por um processo participativo envolvendo diversos segmentos do turismo: sociedade civil, governo e setor privado. Tal processo possibilita um diálogo entre os atores, conhecimento dos interesses e barreiras vividas por cada setor, e a busca de soluções comuns. Fazendo com que esta trajetória, gere uma desejada “apropriação” do sistema a elaborar, fator determinante na adesão às práticas sustentáveis, já que o sistema é voluntário.
Isto quer dizer que a certificação não é a única solução para a sustentabilidade, mas sim uma das ferramentas para se chegar lá.
Neste contexto, é fundamental prosseguir através de um processo verdadeiramente participativo, em base as experiências brasileiras (e aquelas internacionais de relevância) com definição e elaboração de normas e indicadores ambientais possíveis de serem adotados pelo pequeno e médio empresário.
A Associação de Hotéis Roteiros de Charme foi fundada, como entidade privada e sem fins lucrativos por cinco empresários em 23 de junho de 1992, logo após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro. Atualmente a Associação congrega 40 hotéis, pousadas e refúgios ecológicos independentes, do Norte ao Sul do País, que buscam praticar a arte da hotelaria, reconhecendo a importância de uma responsabilidade social e ambiental para a sustentabilidade de suas operações e para a sobrevivência de gerações futuras.
A localização crítica de seus hotéis em áreas de conservação e em ecossistemas frágeis, como o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal, demonstra a importância de um contínuo programa ambiental voltado à sustentabilidade do meio ambiente, dos 32 destinos turísticos e das comunidades onde operam em 10 Estados.


Código de Ética

Ao adotar um Código de Ética e Conduta Ambiental em 1999, que permanece ainda como exemplo único no contexto nacional, Roteiros de Charme demonstra seu compromisso com o meio ambiente e um espírito empresarial inovador, imprescindível ao desenvolvimento de um turismo sustentável no Brasil.
Esse Código de Conduta Ambiental (disponível na íntegra via www.roteirosdecharme.com.br) tem por objetivo conseguir, através de sua aplicação, o levantamento, a análise e redução dos impactos causados pela atividade hoteleira. Suas normas observam, em seu contexto, a realidade sociocultural local, sua viabilidade operacional, econômica e financeira, e, finalmente, os direitos e as expectativas dos hóspedes, sem os quais a atividade não sobrevive. Nele procura-se um objetivo comum e não o conflito entre preservação do meio ambiente e a sobrevivência da empresa hoteleira.

Áreas temáticas abordadas no Código:

• Conservação de energia • Conservação de água • Tratamento de esgoto • Preservação de áreas de importância ambiental, fauna e flora e de valores culturais/históricos • Redução de poluição sonora e atmosférica • Redução de impactos ambientais em novos projetos e construções/obras • Reutilização, redução e reciclagem de materiais • Controle de substâncias tóxicas e adversas • Eliminação de queima de lixo e desmatamento • Envolvimento de fornecedores e prestadores de serviços ao hotel Em nossa experiência, fica claro que um empreendimento para atuar de forma responsável necessita estar engajado em minimizar os impactos ambientais de sua operação e estar compromissado não só com os aspectos sociais de seu empreendimento (funcionários e respectivas famílias), mas também com os de seu entorno, ou seja, do destino turístico onde opera. Todos os hotéis da Associação buscam servir como centros de excelência ambiental, visando multiplicar e expandir as experiências adquiridas, compartindo as barreiras e desafios encontrados.
Além da conscientização ambiental empresarial buscamos promover o desenvolvimento social de funcionários dos hotéis associados, suas famílias e das comunidades de entorno onde operamos. Procura-se fornecer treinamento adequado aos funcionários e conscientização ambiental às comunidades anfitriãs, de acordo com as nossas realidades. Um dos pilares essenciais ao sucesso e aos princípios defendidos pela Roteiros de Charme é a educação e capacitação de recursos humanos. Seguir informando, capacitando e treinando, são objetivos imprescindíveis para a sustentabilidade e um dos mais importantes desafios.
Não há verdadeira sustentabilidade num hotel que funciona como perfeito paraíso enquanto fora de suas paredes reina o caos. Perde o hotel, a comunidade, o destino como um todo, e o nosso País.

Fonte:
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./ecoturismo/index.html&conteudo=./ecoturismo/artigos/turismo_sustentavel.html

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Projeto de Reciclagem do Grupo 4

APRESENTAÇÃO



Nosso Projeto traz maneiras diversificadas para trabalharmos com nossos alunos sobre o tema “RECICLAGEM”. Começamos com a apresentação do tema aos alunos, o que é, para que serve, qual sua importância, como se faz, com o que se faz e principalmente qual o objetivo.
Este Projeto será flexível, portanto sempre que for necessário uma mudança, esta será feita para melhor ser aplicado o projeto.
Para que os alunos possam ter uma boa absorção desse aprendizado, continuamos nosso Projeto com as atividades teóricas e práticas.
O Projeto segue com pequenas avaliações. Estas serão feitas para que possamos estar sempre alertas às mudanças necessárias no Projeto e nas abordagens dos professores.
Por fim, buscaremos resultados de nossos alunos. Independente dos resultados serem negativos ou positivos, continuaremos com o objetivo de nosso Projeto pra frente, pois nossa maior conscientização com nossos alunos será de que cada um faz sua parte, mas não devemos parar pelo meio do caminho. O foco desse trabalho é o futuro de nosso meio ambiente.

JUSTIFICATIVA

A escolha do tema foi baseada na imensa necessidade que a humanidade tem de educação ambiental. Precisamos conscientizar nossos alunos a cuidar do ambiente onde eles vivem. Devemos mostrar que cada um tem a sua parte a ser feita, e cada um pode e deve cumpri-la, para podermos ter uma vida melhor em um habitat bem cuidado e preservado.

OBJETIVOS

Conscientizar as turmas, e, também, a sociedade, sobre a importância da reciclagem em nossos tempos atuais e principalmente para o futuro. Mostrar que podemos mudar nossa vida, nossa saúde e de nossos próximos com o ato da reciclagem.

SÉRIE QUE SE DESTINA (FAIXA ETÁRIA)

O Projeto será destinado às turmas de 4º e 5º ano (antigas 3ª e 4ª série), com crianças entre 9 e 11 anos.

DURAÇÃO
O Projeto tem a duração de 1 mês.


CONTEÚDOS

· Geografia/ História
O meio onde os alunos moram, o perfil da sociedade, como é em relação à coleta de lixo. Pesquisas sobre para onde vão os lixos, o que é feito com os lixos e se já existe alguma organização de reciclagem na sociedade.

· Ciências
Os materiais que são usados para a reciclagem, quais são e quais não são utilizados. Tempo de decomposição dos materiais mais utilizados e mais importantes. A importância da reciclagem para a saúde. Suas vantagens e desvantagens.

· Matemática
Gráficos, tabelas e porcentagens dos dados coletados sobre o tema em si e os sub-temas pesquisados e estudados (ex.: Tempo de decomposição dos materiais, os tipos de materiais utilizados, quais são mais e menos utilizados, vantagens e desvantagens etc.)

· Português
Redações sobre o tema e os sub-temas com críticas conforme o nível de cada turma, com debates e reflexões de textos, leitura de símbolos.

· Artes
Confecção das latas de lixo, com cor e símbolo de cada uma conforme as pesquisas realizadas pelos alunos. Confecção de objetos com sucata (garrafa pet, caixa de leite, tampinhas, papelão etc). Cartazes de campanha com o incentivo à reciclagem, vídeos de Organizações de reciclagens sobre como reciclar, o que reciclar e como aproveitar o que se é reciclado e reciclagem de papel, para que os alunos possam viver essa experiência, sentir o que realmente é reciclar.

· Informática
Pesquisas em Internet sobre o que cada aluno acha importante para o estudo e debate sobre o tema. Pesquisas de cores e símbolos de reciclagem, materiais e organizações etc.


ESTRATÉGIAS

· Atividades dentro e fora de sala de aula. Dentro com os conteúdos teóricos a serem trabalhados. Fora de sala com as práticas, reconhecimento do ambiente e busca de materiais.

· E, para fugir da rotina, uma pequena gincana realizada entre as turmas. Com coletas de lixos para a reciclagem e apresentações de como poderemos levar este Projeto em forma de campanha para outras turmas, para fora da escola, enfim, para a sociedade em volta.

· Juntar o material reciclado e vender, o que for arrecadado doar para uma instituição de caridade, ou comprar alguma coisa que a escola necessite, como aparelho de som, televisão, vídeo etc.


RECURSOS

· Caixas e sucatas;
· Cartolinas, pilotos e tintas;
· Vídeo e televisão (sala ou auditório para a exibição do vídeo);
· Livros didáticos e paradidáticos com assuntos transversais ao tema;
· Papel e água;
· Bacias: rasa e funda;
· Balde;
· Moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta;
· Moldura de madeira vazada (sem tela);
· Liquidificador;
· Jornal ou feltro;
· Pano(ex.: morim);
· Esponjas ou trapos;
· Varal e pregadores;
· Prensa ou duas tábuas de madeira;
· Peneira côncava;
· Mesa




AVALIAÇÃO

· Uma avaliação diagnóstica estará sendo feita ao decorrer do Projeto para que possamos acompanhar os resultados a cada etapa e assim, se necessário, fazermos os ajustes conforme os resultados. Com essa avaliação não fugiremos do objetivo do Projeto.
· A avaliação final será feita com a reciclagem do papel e um pequeno relatório sobre. E também de uma forma mais dinâmica com a Gincana que será realizada entre as turmas, avaliando conhecimentos, desempenho, interação de grupos e a boa-vontade de cada um em fazer sua parte.

Trabalho do Grupo 4

O que é Reciclagem ??

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades, pela quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado. Reciclar outro termo usado, é na verdade fazer a reciclagem.
O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações envolvidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.


Como reciclar?
Com a colaboração do consumidor, podemos facilitar ainda mais o processo de reciclagem. A reciclagem do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de dejetos, como também para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambiente.
Passo a passo:
1. Procure o programa organizado de coleta de seu município ou uma instituição, entidade assistencial ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a instituição recebe. Não adianta separar, por exemplo: plástico, se a entidade só recebe papel.
2. Para uma coleta de maneira ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis e dentro dos recicláveis separe papel, metal, vidro e plástico.
3. Veja exemplo de materiais recicláveis:
- Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.
- Vidros: garrafas, copos, recipientes.
- Metal: latas de aço e de alumínio’, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
- Plástico: garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.
4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis até a hora da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os resíduos e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o armazenamento, você pode diminuir o volume das embalagens de plástico e alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.
Atenção:
Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por exemplo, garrafas recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como solados de sapato.


Porque reciclar?
A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg. * Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.* Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.* O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc. Tipos de lixo:- Doméstico (alimentos)- Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças) - Agrícola (esterco, fertilizantes) - Hospitalar - Materiais Radioativos ( indústria medicina...) - Tecnológico (TV, rádios) Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário. A fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano. Menos de 3% do lixo vai para as usinas de compostagem(adubo). O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores. Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado!!
Por quê? Porque reciclar é 15 vezes mais caro do que jogar o lixo em aterros. Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do lixo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada. Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades. Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede, com problemas respiratórios.
Algumas Vantagens:
Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.
Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.
Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?
Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.
Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.
Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificilmente o joga nas vias públicas.
Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Diminui o desperdício.
Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura.

Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram.
Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado!

Onde reciclar?

No Brasil existem unidades industriais com capacidade instalada para reciclar resíduos, e qualquer outro material que possa ser reciclado. Distribuídas de norte a sul do país, estas unidades são empresas transformadoras de matérias-primas, fabricantes de embalagens, retomadores e recicladores.

O que reciclar?
Temos diversos tipos de materiais, que podem ser reciclados, devemos tomar cuidado pois alguns materiais existentes não podem ser reciclados.
Saiba o que pode e o que não pode ser reciclado:

Reciclável
Não-Reciclável também chamado de Rejeitos
Papel
Jornais e revistas
Etiqueta adesiva
Folhas de caderno
Papel carbono
Formulários de computador
Fita crepe
Caixas em geral
Papéis sanitários
Aparas de papel
Papéis metalizados
Fotocópias
Papéis parafinados
Envelopes
Papéis plastificados
Provas
Papéis sujos
Rascunhos
Guardanapos
Cartazes velhos
Bitucas de cigarro
Papel de fax
Fotografias
Metal
Lata de folha de flandres (lata de óleo,salsicha, leite em pó etc)

Lata de alumínio

Sucatas de reformas
Esponjas de açocanos
Vidros
Embalagens
Espelhos
Garrafas de vários formatos
Vidros planos
Copos
Lâmpadascerâmicaporcelanatubos de TV - gesso
Plástico
Embalagem de refrigerante
Cabo de panela
Embalagem de material de limpeza
Tomadas
Copinho de café
Embalagem de biscoito
Embalagem de margarinacanos e tubossacos plásticos em geral
Misturas de papel, plásticos e metais



Simbologias e cores na reciclagem
As cores características dos containers apropriados para a coleta seletiva de lixo:
Papel/Papelão
Metais
Plásticos
Vidros
Até hoje, não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos containers utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.
Existe uma simbologia específica para a reciclagem de plásticos:
No Brasil existe uma norma (NBR 13230) da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem. Os tipos são classificados por números a saber:
1 - PET2 - PEAD3 - PVC4 - PEBD5 - PP6 - PS7 - Outros
O que é coleta seletiva?
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Estes materiais são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.
As quatro principais modalidades de coleta seletiva são: domiciliar, em postos de entrega voluntária, em postos de troca e por catadores.
A coleta seletiva domiciliar assemelha-se ao procedimento clássico de coleta normal de lixo. Porém, os veículos coletores percorrem as residências em dias e horários específicos que não coincidam com a coleta normal.
A coleta em PEV - Postos de Entrega Voluntária ou em LEV - Locais de Entrega Voluntária utiliza normalmente contêineres ou pequenos depósitos, colocados em pontos fixos, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis.
A modalidade de coleta seletiva em postos de troca se baseia na troca do material entregue por algum bem ou benefício.
O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos para sensibilização e conscientização da população. Normalmente, quanto maior a participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor é seu custo de administração. Não se pode esquecer também a existência do mercado para os recicláveis.


Como fazer papel reciclado??


O QUE VOCÊ PRECISA:· papel e água· bacias: rasa e funda· balde· moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta· moldura de madeira vazada (sem tela)· liquidificador. jornal ou feltro· pano (ex.: morim)· esponjas ou trapos· varal e pregadores· prensa ou duas tábuas de madeira· peneira côncava (com "barriga")· mesaROTEIRO:A - Preparando a polpa:Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa está pronta.B - Fazendo o papel:1. Despeje a polpa numa bacia grande, maior que a moldura.2. Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a moldura verticalmente e deite-a no fundo da bacia.3. Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.4. Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano.5. Tire o excesso de água com uma esponja.6. Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida sobre o jornal ou morim.C - Prensando as folhasPara que suas folhas de papel artesanal sequem mais rápido e o entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte forma:· Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do jornal com papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel artesanal.· Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira.· Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um livro pesado por uma semana.Efeitos decorativosMisture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca de cebola ou de alho.Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina, pano de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é necessário pressionar com o pedaço de madeira.Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no liquidificador e junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à polpa.Dicas importantesA tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por tachinhas ou grampos.Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no liquidificadorConserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano.Guarde, ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de algodão).A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Efeito Estufa

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto se deve principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos.
Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiado fria para a vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena diferença nas condições iniciais da sua formação, para que nós não pudéssemos estar aqui discutindo-a.
O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em conseqüência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.
Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Neste ritmo e com o abatimento massivo de florestas que se tem praticado (é nas plantas que o dióxido de carbono, através da fotossíntese, forma oxigênio e carbono, que é utilizado pela própria planta) o dióxido de carbono começará a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de poucos graus, levaria ao degelo das calotes polares e a grandes alterações a nível topográfico e ecológico do planeta.

Algumas Receitas...

Biscoito de Folhas, talos ou cascas de vegetais
Ingredientes - Folhas, talos ou cascas (uma ou mistura várias - 3 xícaras ,Manteiga ou margarina - 1 colher de sopa, Ovo - 1 unidade, Farinha de trigo - 3 ou mais xícaras, Leite de gado - 1 xícara, Sal - a gosto, Queijo ralado (opcional) - a gosto. Preparo: Lava as folhas, talos ou cascas, corta bem picados ou liquidifica. Coloca os demais ingredientes, amassa bem a ponto de abrir a massa com rolo de pastel. Se necessário, pode colocar mais farinha de trigo. Abre a massa fina, corta em quadrados pequenos e frita em óleo quente ou assa em forno com assadeira untada.Opções: Pode servir com patê feito de maionese, folhas e talos bem picados. Pode colocar açúcar na massa e fazer biscoito doce ou sonho com recheio doce.

Suflê de folhas, talos ou cascas de vegetais
Ingredientes: Folhas, talos ou cascas (uma ou mistura de várias) - 3 xícaras, Manteiga ou margarina - 1 colher de sopa, Ovo - 4 unidades, Farinha de trigo ou maizena - 1 colher de sopa, Leite de gado - 1 xícara, Temperos picados - a gosto, Sal - a gosto, Queijo ralado (opcional) - a gosto. Preparo: Lava as folhas, talos ou cascas, bem picados. Reserva. Numa panela cozinha leite, sal, queijo ralado, manteiga e farinha de trigo ou maizena, tipo molho branco, mistura as folhas, talos, cascas e os temperos picados. Reserva. Bate as claras em neve, acrescenta as gemas e o sal. Num pirex untado com manteiga, coloca metade do ovo batido, no centro a mistura reservada, e cobre com a outra metade do ovo, decora a gosto (queijo ralado, tomate, cebola...). Assa em forno quente.

Panqueca Verde
Ingredientes: Folhas, talos e cascas de vegetais cortados e cozidos - 1 xícara, Farinha de trigo - 6 colheres de sopa, Leite de gado - 1 xícara, Ovos - 2 unidades, Sal - 1/2 colher de chá, Manteiga ou margarina - 1 colher de sopa. Preparo: Cozinha os talos, folhas ou cascas com pouca água e panela bem tampada, depois liquidifica estes com o leite usando a água de cozimento. Junta os demais ingredientes e liquidifica novamente. Unta uma frigideira e frita a massa aos poucos como panqueca. Recheia a gosto (carne bovina, frango, queijo, vegetais, soja, mel, doce, folhas, talos ou flores já sugeridas). Usando recheio salgado pode acrescentar molho branco ou de tomate e levar ao forno para gratinar.

Paçoca de semente de abóbora
Ingredientes: Semente de abóbora - a gosto, Açúcar, mel ou sal - a gosto.Preparo: Lava as sementes, seca com pano ou no sol, torra no forno, mexendo sempre para não queimar. Liquidifica, peneira, volta a liquidificar o resíduo. Coloca açúcar ou sal.
Moqueca de semente de jaca
Ingredientes:Semente de jaca - a gosto, Temperos e sal - a gosto, Leite de côco - a gosto, Azeite de dendê - a gosto. Preparo: Lava as sementes e cozinha com água em panela de pressão ou bem tampada, em média por 20 minutos. Escorre desprezando a água. Retira a casca dura e transparente, podendo manter a casca fina e marrom. Coloca os temperos, sal e um pouco de água, cozinha por 5 a 10 minutos, coloca o leite de coco e o dendê, cozinha por mais 1 minuto, desliga o fogo e mantém a panela bem tampada até servir. As sementes depois de descascadas podem ficar inteiras ou cortadas ao meio.

Bolo de semente de jaca
Ingredientes: Semente de jaca cozida e amassada - 3 xícaras, Ovos - 3 unidades, Farinha de trigo - 1/2 xícara, Leite de gado, côco ou soja - 1 xícara, Açúcar - 1 e 1/2 xícara, Fermento para bolo - 2 colheres de chá, Manteiga ou margarina - 2 colheres de sopa. Preparo: Bate as claras em neve, coloca as gemas, acrescenta o açúcar e a manteiga, bate bem, coloca os demais ingredientes, mistura e assa em forma untada. Pode peneirar depois de amassadas as sementes para a massa ficar mais fina.

Cuscuz de semente de jaca
Ingredientes: Semente de jaca cozida e amassada - a gosto, Açúcar ou sal - a gosto. Preparo: Mistura os ingredientese cozinha em cuscuzeiro. Pode umedecer com leite de coco.

Omelete de Flor de Abóbora
Ingredientes: Flor de abóbora - a gosto, Ovo - 2 unidades, Sal - a gosto, Temperos picados - a gosto, Farinha de trigo - 1 colher de sopa. Preparo: Lava as flores com água fria e reserva. Bate as claras em neve, coloca as gemas, acrescenta sal, temperos e farinha, mistura, frita em óleo quente usando as flores como recheio.

Salada de entrecasca de melancia
Ingredientes: Entrecasca de melancia - a gosto, Temperos picados e sal - a gosto, Azeite de oliva - a gosto, Vinagre ou limão - a gosto. Preparo: Retira a casca bem fina, corta a entrecasca verde clara em tiras finas ou passa no ralo grosso, tempera a gosto.

Bolo de cascas de frutas
Ingredientes: Cascas de frutas cruas - 2 copos, Manteiga - 2 colheres de sopa, Fermento em pó para bolo - 2 colheres de chá, Ovos - 3 unidades, Farinha de trigo - 2 xícaras, Leite de gado, côco ou soja - 1 xícara, Açúcar - 2 xícaras. Preparo: Liquidifica as cascas com o leite, coa e reserva. Bate as claras, coloca gemas, manteiga e açúcar. Acrescenta as cascas com o leite, farinha e fermento, mistura bem, e assa em forma untada.

Milho branco para mugunzá - 1/2 Kg
Ingredientes - Aipim - 2 raízes médias, Camarão seco (pó ou cabeça) 100g, Azeite de dendê - 200 ml, Leite de côco - 200 ml, Temperos - a gosto. Preparo: Cozinha o milho branco com pouca água, coloca o camarão e os temperos. Reserva. Cozinha o aipim e liquidifica ou amassa com garfo, acrescenta no milho com o dendê e o leite de coco. Deixa cozinhar e serve quente.

Doce da entrecasca do maracujá
Ingredientes: Entrecascas de maracujá - 12 pedaços (6 maracujás), Suco de maracujá (sem água) - 1 xícara, Açúcar - 4 xícaras. Preparo: Cozinha as cascas do maracujá por mais ou menos 20 minutos, escorre e despreza a água. Com uma colher de sopa retira a entrecasca da casca dura e reserva. Faz a calda com o suco, 1 xícara de água e o açúcar. Coloca as entrecascas e deixa cozinhar até ficarem bem amareladas e a calda grossa como geléia.

Doce de PTS - Proteína Texturizada de Soja
Ingredientes: PTS sem hidratar - 02 xícaras, Açúcar - 1/2 xícara, Manteiga - 02 col. Sopa. Preparo: Derrete a manteiga em forno baixo, coloca o PTS e mexe para umedecer completamente, acrescenta açúcar e mistura bem. Serve frio, puro ou em saladas de frutas, com leite, ou com sorvete.

Reaproveitamento Alimentar


A alimentação equilibrada pode garantir prevenção de doenças e colaborar na recuperação da saúde. De acordo com a ação no corpo, os alimentos são divididos em grupos chamados de energéticos, (massas, grãos, cereais, gorduras, algumas frutas e verduras), construtores (carnes, ovos, leite e derivados, vísceras e alguns grãos), e reguladores (frutas, verduras e alguns grãos). Nas principais refeições (desjejum, almoço e jantar) devem conter alimentos dos 3 grupos. A lição é ensinada pela técnica em nutrição da UFBA, Walderez Aragão que, convidada pelo Departamento de Ação Social da Conder, ministrou a oficina "Aproveitamento Integral dos Alimentos – Culinária sem Desperdício", para membros das comunidades de Alagados IV E V.
A especialista em Nutrição Humana enfatiza a importância das técnicas e cuidados para o aproveitamento integral dos alimentos, e ensina receitas básicas com partes de alimentos de uso não convencional, como por exemplo, caroço de jaca, semente de abóbora, cascas de abacaxi e batata do reino, entrecasca de maracujá e melancia, talos de couve, cenoura e beterraba, dentre outros.

Veja o que pode ser aproveitado:

Folhas: Abóbora, abobrinha, aipo, -flor, feijão, inhame, língua de vaca, mandioca, nabo, batata doce, bertalha, beterraba, bredo, beldroega, brócolis, cebola branca, cenoura, couve, quiabo, rabanete, taioba, vinagreira. Lava em água fria, corta e usa em receitas de suflê, sopa, caldo, refogado, moqueca, panqueca, massas de biscoito, bolo, etc.Talos: Abóbora, abobrinha, aipo, agrião, beterraba, brócolis, couve, cenoura, espinafre, rabanete. Lava em água fria, corta bem picado e usa em receitas de suflê, torta, bolinho frito, patê, panqueca, molhos, massas de biscoito, bolos, etc.
Entrecasca: Maracujá, melancia. Receitas de doce, salada, sopa, etc.Sementes: Abóbora, algaroba, bredo de veado, jaca. Cozinha e amassa ou torra e mói para receitas de pão, bolo, biscoito, mingau, moqueca, purê, etc. Cascas: Abóbora, abacaxi, batata-do-reino, goiaba, laranja, lima, limão, manga, maçã, ovo, pera, tangerina.Flores: Abóbora, abobrinha, nabo. Bagaço de caju, côco, abacaxi, outras frutas e verduras, bagunço de jaca, farelo de trigo e de arroz, Proteína Texturizada de Soja.

O que podemos fazer para evitar o desperdício de agua?

Dicas para evitar o desperdício da água:


* Em vez de banhos de imersão, opte por tomar duchas pois são muito mais económicos. Feche a torneira enquanto se ensaboa;

* Feche a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba.

* Regue o jardim com moderação. Durante a noite a água será muito melhor aproveitada.

* Quando decidir lavar o carro faça-o com a ajuda de um balde e de uma esponja. Evite passar horas com a torneira a correr.

* Atenção às torneiras, autoclismos que pingam e às mangueiras que são deixadas a correr durante horas a fio.

* Para lavar a roupa ou a louça as máquinas devem estar suficientemente cheias.

Legislação e Normas Ambientais na América Latina

A América Latina é uma região de grandes contrastes, tanto sob o aspecto social quanto econômico. Enquanto que certas regiões do continente já atingiram um grau de organização social e desenvolvimento econômico comparável a certas partes da Europa, a maioria dos países latino-americanos ainda vive em condições precárias. Esta disparidade no grau de desenvolvimento tem uma influência na maneira como as sociedades encaram a questão da proteção ambiental. Países com mais alto grau de industrialização, desenvolvimento humano e conscientização - como o México, o Brasil, o Chile a Argentina e o Uruguai - possuem uma ordenação ambiental mais desenvolvida e específica.
Outro fator que exerce uma grande influência neste contexto é o grau de organização da sociedade civil. A maioria dos países latino-americanos viveu durante grande parte do século XX sob ditaduras que restringiram as liberdades individuais. Grandes projetos, implementados por governos ou grandes companhias nacionais ou multinacionais, não tiveram seus impactos ambientais avaliados e discutidos com os grupos sociais atingidos pelos projetos. A própria ação das ONGS (Organizações Não-Governamentais) era tolhida e encarada como ingerência externa nos interesses dos países, já que a maioria destas organizações à época era de origem estrangeira.
A questão ambiental começou a ser discutida com mais profundidade na maioria dos países latino-americanos somente a partir de meados da década de 1980. Neste período temos, por um lado, o aumento dos problemas ambientais ocasionados pela concentração populacional nas grandes metrópoles, como a questão do acesso à água, o tratamento do esgoto e a coleta do lixo. Por outro lado, acentuaram-se as conseqüências da degradação ambiental causada pelas diversas atividades econômicas, como a agricultura (monocultura voltada para a exportação) a mineração e a atividade industrial. A biodiversidade da América Latina é uma das maiores do mundo. Segundo dados da ONG "Conservation International", que compilou diversos dados estatísticos no ano 2000, a America Latina abriga: - Sete dos países com maior diversidade de vertebrados no mundo; - Doze dos países com maior diversidade de aves; - Doze dos países no mundo com maior variedade de anfíbios; - Cinco dos doze países no mundo com maior variedade vegetal; - Sete dos países no mundo com mais de 70% de seu território ainda coberto por vegetação natural.
Quanto aos recursos hídricos, a bacia do rio Amazonas é a maior em todo o planeta. As bacias dos rios Paraná e Prata - localizadas entre a Bolívia, Paraguai, Brasil e Argentina - e a do rio Orenoco, localizada entre a Venezuela e a Colômbia, estão entre as mais importantes em todo o planeta. A América do Sul dispõem do maior aqüífero em todo o mundo, o Guaraní, cobrindo parte do território do Brasil, da Bolívia, Paraguai, Uruguai e da Argentina.
Todavia, em outras regiões da América Latina os recursos hídricos são mais escassos e sua falta representa um desafio ao desenvolvimento futuro destas regiões. O México e o Peru, por exemplo, estão entre os países com maiores problemas de escassez de água, já que utilizam anualmente cerca de 15% de seu estoque de recursos hídricos. Grande parte dos rios brasileiros localizados em uma faixa de até 300 km do oceano Atlântico - onde se localizam as maiores cidades brasileiras - estão poluídos por efluentes domésticos e industriais e parcialmente assoreados pelas atividades agrícolas e pecuárias.
A legislação ambiental, que até há cerca de 30 anos era praticamente inexistente na região, foi rapidamente implantada. O principal sinal desta mudança é que a questão ambiental foi incorporada às constituições da maioria dos países da região, em diversos níveis de profundidade. Nos últimos 25 anos, 14 países latino-americanos promulgaram novas constituições, todas elas contendo capítulos específicos tratando sobre a questão ambiental. O meio ambiente deixa de ser encarado como assunto somente limitado as atividades econômicas e as decisões de governos. O cidadão passa a ter assegurado seu direito em dispor de um meio ambiente saudável, assim como acontece nas sociedades mais desenvolvidas.
No aspecto legal, a maioria dos países da América Latina estabeleceu legislações ambientais específica, tratando de assuntos como: recursos hídricos, recursos minerais, áreas marinhas, pesca e caça, recursos florestais, turismo, produtos químicos e poluição atmosférica. Criaram-se leis específicas regulamentando temas como a obrigatoriedade de execução dos EIA (Estudos de Impacto Ambiental), o correto gerenciamento e disposição final de resíduos perigosos, as leis de crimes ambientais, e normas estabelecendo padrões para emissões atmosféricas e níveis de tratamento de efluentes. Apesar disto, as leis muitas vezes não incluem sanções administrativas ou criminais. Uma exceção importante é a Lei de Crimes Ambientais do Brasil, publicada em março de 1998, que prevê pesadas sanções penais para os poluidores, podendo levar os infratores até a cumprir pena de prisão.
A maior parte dos países latino-americanos também desenvolveu estratégias nacionais e planos de proteção ambiental, geralmente contando com financiamento e assistência técnica de organismos internacionais. Durante as décadas de 1980 e 1990 muitos países da região criaram novas instituições ambientais na forma de ministérios, secretarias, agências controladoras, conselhos e comissões. Países como o México, Honduras e Nicarágua são bons exemplos de países que implementam sua política ambiental através de Ministérios. Outros, como o Chile, Equador, Guatemala e Peru optaram por conduzir a questão ambiental através de Comissões Coordenadoras.
A América Latina, encarada como um todo, já deu seus primeiros passos no estabelecimento de uma legislação ambiental. Novos fatos, na área econômica e social, estão forçando cada país a aprimorar e alterar suas leis e avançar cada vez mais em direção ao conceito de desenvolvimento sustentável. O maior problema, no atual estágio de desenvolvimento das sociedades latino-americanas não é a falta ou o pouco desenvolvimento da legislação. O que mais afeta o meio ambiente na região é a fraca implementação da legislação existente. Existem inúmeros exemplos em toda a região, como: - Extensas áreas de floresta amazônica localizada no Peru, no Brasil e na Colômbia - apesar de estarem sob proteção legal - ainda são derrubadas por falta de controle das autoridades da região. - No México, grande parte dos recursos hídricos esta poluída por efluentes domésticos e industriais, apesar de existir legislação que exige o tratamento destas emissões. - Na Nicarágua, criaram-se diversas leis referentes a descarga de efluentes domésticos, industriais e agrícolas, que todavia não são respeitadas, aumentando o nível de poluição dos lagos e cursos de água. - As emissões atmosféricas de atividades mineradoras na Bolívia e no Chile ainda causam danos ao meio ambiente, apesar de existirem leis regulamentando estas atividades.
Especialistas latino-americanos e de diversos órgãos internacionais apontam os seguintes fatores como principais impedimentos a um efetivo controle ambiental e cumprimento da legislação na região: - Pouca coordenação entre os diversos órgãos ambientais, agências econômicas e sociais; - Falta de recursos financeiros para implementação de programas e projetos; - Poucos profissionais qualificados e escassez de recursos para treinamento e equipamentos de monitoramento; - Falta de decisão política para implementação de programas e projetos; - Pressão econômica por partes de grupos que se sentem afetados pelas ações de controle.
Por outro lado, os mesmos analistas apontam tendências que deverão contribuir para a melhoria do controle ambiental e a criação de leis mais restritivas: - O papel cada vez mais forte desempenhado pela opinião pública sob regimes democráticos; - A atuação dos meios de comunicação, apontando os problemas ambientais e informando a população; - O fortalecimento das procuradorias públicas em todos os países da América Latina; - Crescimento da importância das normas técnicas em economias cada vez mais internacionalizadas; - Empresas multinacionais e locais voltadas para o mercado exportador estão introduzindo sistemas de gerenciamento ambiental e obtendo certificações na norma ambiental ISO 14001; - Diversos países da região já criaram leis de proteção ao consumidor e com isto também órgãos de proteção ao consumidor; - O aumento do numero de ONGs, com grande atuação na área ambiental e social; - A "industria ambiental" apresenta um rápido crescimento, abrindo novas oportunidades de trabalho e ampliando a oferta de cursos especializados.
Quanto às normas ambientais da série ISO 14001, é cada vez maior o número de empresas - principalmente nas economias mais industrializadas da região - implementando sistemas de gerenciamento ambiental, para em seguida obterem a certificação. O Brasil é o país na América Latina com o maior número de certificações na norma ISO 14001, devendo alcançar cerca de 450 certificações até o final de 2001. A Argentina dispõem de cerca de 80 empresas certificadas, o México cerca de 45 e o Chile 25. Quanto as certificações em outras regiões da América Latina, estas ainda são em número reduzido. As empresas que estão obtendo a certificação ambiental são empresas com seguinte perfil: - Empresas de grande porte, nacionais ou multinacionais; - A grande maioria destas empresas exporta parte de sua produção para a Europa, EUA ou Japão. - A maior parte das empresas certificadas na norma ISO 14001 já obtiveram a certificação na série 9000. - Algumas empresas certificadas já estão solicitando a seus fornecedores que implementem um sistema de gerenciamento ambiental , para que no futuro também possam solicitar a certificação ambiental.
Em suma, está sendo criada uma estrutura que permitirá o desenvolvimento deste mercado nos próximos anos. Cabe acrescentar que o desenvolvimento sustentável da América Latina não depende somente da criação de leis ambientais mais elaboradas e restritivas. É importante que, sejam criados mecanismos locais e internacionais, que possibilitem à América Latina atingir melhores padrões de educação, emprego, moradia e saúde para seus habitantes.


FONTE: http://www.compam.com.b/